quarta-feira, 17 de abril de 2013

Palácio Nacional de Mafra - Ícone do Barroco

12- Abril-2013
Sumário: Palácio Nacional de Mafra
Introdução ao trabalho sobre o património arquitectónico de Azeitão.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/52/Pal%C3%A1cio_Nacional_de_Mafra_(1).jpg/350px-Pal%C3%A1cio_Nacional_de_Mafra_(1).jpg

É o grande monumento do período Barroco em Portugal.
Iniciado em 1717, por D. João V.
É uma obra emblemática que mostra o poder do Rei, tem uma arquitectura de grande qualidade, apesar de ultrapassada temporalmente.
Em 1910, foi considerado monumento nacional.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Barroco Arquitectónico

5 - Abril - 2013
Sumário: Barroco Arquitectónico
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Barroco Arquitectónico

O Barroco arquitectónico é a variante do estilo mas erudita e experimental, o arquitecto procurou usar a forma do edifício para conceber o barroco.
A concepção arquitectónica do Barroco, utiliza as volumetrias e tem na parede curva o seu elemento caracterizador. Como tal, os edifícios tornaram-se mais dinâmicos.
Genericamente, em termos de desenho a planta octogonal era a referência de organização espacial.
Os nomes mais sonantes da arquitectura portuguesa deste período, eram Tinoco da Silva e M.Couto da variante mais tradicionalista, e João Antunes, Costa Negreiros, Rodrigo Franco e Custódio Vieira, de uma facção mais inovadora.

Igreja de Santa Engrácia 


http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Igr_s_engracia_2.jpg


http://trilhasdaarquitetura.blogspot.pt/

A Igreja de Santa Engrácia tem uma planta fortemente articulada, centralizada e muito complexa. 
As paredes caracterizam-se por ser ondulantes e jogam também com a parede recta, para tornarem o edifício monumental, afastando-se do convencional.
A decoração neste edifício é discreta, o Barroco aqui estava preocupado em resolver as questões da forma, em que esta é o elemento dinamizador do edifício e não a intrusão de decoração.

Igreja dos Congregados em Estremoz

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Convento_dos_Congregados_de_Estremoz_Portugal.jp

Igreja do Bom Jesus da Cruz em Barcelos

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Igreja_Senhor_da_Cruz_Barcelos.jpg

Igreja do Senhor da pedra em Óbidos

O papel dos Santuários 
Os santuários desenvolvem sempre um novo aglomerado urbano, pois a interacção do objecto arquitectónico e urbano é fundamental.
Todo o núcleo urbano nasce a partir do santuário, e na envolvente directa nascem as hospedarias, onde eram utilizadas as galilés para duplicar o espaço.

Arquitectura Civil
Existe uma grande mudança da arquitectura Chã para a Barroca.
O Barroco é caracterizado por ser uma época de grande fulgor construtivo, e os edifícios tinham necessariamente de se adaptar à "festa", ou seja, à excentricidade característica da sociedade barroca.
Os edifícios passaram a ter mais pisos, aumentando a sua dimensão, a entrada nobre era realçada como foco de entrada na cena teatral.
O azulejo vai ganhar grande notoriedade, é daqui que saem os silhares de azulejo mais deslumbrantes da história portuguesa, muitos replicados insensatamente até aos dias de hoje.
As obras reais portuguesas tinham repercussões internacionais, a imagem de Portugal devido ao seu poder económico nesta época eram muito enaltecida, facto que ditou o sucesso dos nossos edifícios. 


terça-feira, 19 de março de 2013

Barroco

14 - Março -2013
Sumário: O Barroco
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O Barroco é a arte da festa, do luxo e do poder, não se pode
desenvolver num país em crise.
Neste período a Europa encontra-se em transição de
sistema político, surge o absolutismo, cujo poder
está centralizado na figura do Rei.
Em 1600, Portugal estava sobre o domínio espanhol e como
tal, a expansão do Barroco estava comprometida. Mas a par
disto, foram descobertas as minas de ouro e diamantes no
Brasil, Portugal sai assim da crise em que estava
mergulhado e transforma-se novamente num dos países
mais ricos da Europa. Neste ambiente o Barroco teve
hipótese de florescer, pois trata-se de uma arte cara
representativa do poder da Igreja e do absolutismo.
O objectivo maior do Barroco era persuadir as pessoas na
aceitação da igreja, através da emoção na contemplação
dos templos. 
O Barroco utiliza o dinamismo das formas arquitectónicas
para emocionar as pessoas, numa nova vivência espacial. 
Aos edifícios cuja arquitectura é estática, e de estilos
anteriores introduziram elementos decorativos, para dar
dinamismo. 
O Barroco utiliza novas arquitectónicas no contexto Europeu, não existe nenhum estilo anterior que influenciasse o Barroco, enquanto estilo opta pela destruição da geometria tradicional.
As formas barrocas são concebidas com extremo rigor e objectividade, mas não têm uma leitura imediata.
Quanto mais tradicional o edifício for, maior ênfase do decorativismo, utilizando truques assentes na luz e na cor.
Os arquitectos barrocos era inovadores e tradicionalistas, aplicavam excesso de movimento e muito dinamismo.
Em Portugal D.João V quis aproximar o país àquilo que se
fazia lá fora, e como tal trouxe os artistas italianos:
- Ludovice, Nazoni, Canevari e Juvara, para consolidarem o
Barroco como estilo em Portugal.
O Barroco encontra-se dividido em três grupos:
- Barroco decorativo, Barroco cénico e Barroco arquitectónico.


Barroco decorativo

O Barroco utiliza o esquema geométrico e planimétrico tradicionais, paredes rectas, plantas ortogonais, acrescentando elementos decorativos para alterar o espaço, transformando uma parede recta estática em dinâmica.
O Barroco decorativo teve nos edifícios construídos a oportunidade de proliferar. Como veículos, utilizou a talha dourada, o azulejo e a pintura, que se misturavam no edifício. Sendo que, a pintura destinava-se aos tectos e o azulejo às paredes.
O papel do azulejo neste estilo prendia-se com necessidade de aumentar o espaço, criando uma falsa arquitectura.

Igreja da misericórdia de Arraiolos


Barroco Cénico

O Barroco cénico cria cenários arquitectónicos no
exterior dos edifícios. Com a colocação de elementos
verticais para aumentar a monumentalidade do edifício.
A decoração exterior, acrescenta elementos arquitectónicos
na fachada, como andares falsos e torres sineiras.
Transformando a fachada num cenário teatral.

Sé Catedral de Portalegre











quinta-feira, 7 de março de 2013

As características da Arquitectura Chã

7-Março-2013
Sumário: As características da arquitectura chã
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As características da Arquitectura Chã

A influência clássica na arquitectura chã está assente na
geometria e proporção clássica e e na utilização de algumas formas clássicas, como o caso do frontão cuja reprodução nos edifícios é uma imagem de marca desta arquitectura.
Os edifícios pertencentes a este período tem presente na sua concepção a ortogonalidade como matriz, eliminando a circunferência das plantas, as paredes cruzam-se sempre em ângulo recto. Não há paredes curvas e a parede é sempre recta para manter a geometria. Além disso, a parede é plana, e todos os elementos arquitectónicos estão integrados na parede da fachada, não há paredes salientes e reentrantes.
É uma arquitectura de formas puras, em que o cubo e o paralelepípedo são os volumes predominantes. Formas estas, de aspecto estático. Além disso, é uma arquitectura
horizontal, de carácter maciço, compacto e sólido.
A forma pura eo funcionalismo da arquitectura chã não permite a utilização de decoração, reduzindo o edifício ao essencial, tirando tudo o que é supérfluo.
A arquitectura religiosa tem duas tipologias, a tipologia Jesuíta oriunda da contra-reforma, constituida por uma nave e sem transepto, e outra, a igreja salão da herança manuelina com três naves à mesma altura sem muros separadores. Sendo que, a última tipologia mencionada foi alterada pelos arquitectos deste período, centralizando a planta tornando-a mais compacta.

Exemplos: 

Sé de Leiria


Igreja de Alcaçovas

Igreja da Conceição em Vila Viçosa

Igreja de Santa Maria em Estremoz


Igreja de São Simão





sexta-feira, 1 de março de 2013

Arquitectura Chã - Contexto histórico


28-Fevereiro-2013
Sumário: Arquitectura Chã - Contexto histórico.
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A arquitectura chã é um estilo arquitectónico exclusivamente
português e de influência clássica , atravessando o período
compreendido entre 1550 e o final do século XVII.
Internacionalmente a arquitectura chã era classificada como
um mau renascimento quase barroco, com a chegada de
kubler isto subverteu-se, este chegou à conclusão, que a
arquitectura portuguesa era diferente de toda a arquitectura.
Kubler denominou-a de plain architecture, que significa que
é uma arquitectura sóbria, depurada e pobre. 
Neste período vivia-se a contra-reforma da igreja católica
com o Concílio de Trento que tem um papel determinante
em Portugal, pois foi dos primeiros países a aderir, porque
era um país extremamente católico, isto levou à constituição
de uma nova ordem católica, os Jesuítas.
Desde o século XVI ao século XVII a crise foi de tal maneira
profunda que Portugal perdeu a independência para a
Espanha, esta crise coincide com as datas da arquitectura
chã, bem como a problemática das cortes de aldeia, que fez
com que Portugal não estivesse culturalmente ligado a
Espanha, não existindo contribuição arquitectónica
espanhola. 
Desta forma, o país estava estagnado, e com as fronteiras
fechadas ao mundo. Verifica-se assim que a arquitectura
chã só existe de facto, devido à crise.
Como já foi mencionado uma nova ordem religiosa foi
constituída, e para se ser Jesuíta era necessário ter um
perfil guiado pela cultura, pela seriedade e honestidade.
Com estas exigências os jesuítas formam uma elite
intelectual, para que a imagem da igreja muda-se e fosse
irrepreensível.  
A ideia fundamental de arquitectura para os jesuítas, era
que esta deveria se adaptar a função de cada edifício. 
Neste período, a arquitectura começou a ganhar mais
notoriedade, criou-se a primeira escola de arquitectura em
Portugal pela mão de Terzi, onde funcionou dentro de uma
instituição intitulada, a Casa das Obras. 
Os aprendizes da aula da ribeira tinham de ter  uma ligação
familiar com a arquitectura. Após a aprendizagem
desempenham um dos cinco cargos mais importantes na
arquitectura: arquitecto real, arquitecto das ordens militares,
arquitecto das obras das casas do infantado, arquitecto das
casas das rainhas, arquitecto das obras do mosteiro da
Batalha. Sendo que, a arquitectura produzida nesta altura
era de uma índole tradicionalista com pouca evolução devido
à crise.


sábado, 23 de fevereiro de 2013

O Património Arquitectónico de Azeitão (trabalho)

O Património Arquitectónico de Azeitão          - os principais edifícios


Azeitão é uma localidade histórica rica em edifícios relevantes no panorama arquitectónico, as ligações urbanas que estabelecem entre si, originaram os vários aglomerados urbanos e construíram as relações sociais, religiosas, económicas e culturais, que fundamentam o sentido de pertença à terra. 

Os lugares com história em que vários tempos arquitectónicos se cruzam têm revelado que são territórios bem amados pelos seus habitantes. 

A proposta de trabalho:

- Dos vários edifícios com valor patrimonial em Azeitão, salientam-se os seguintes:

- Igreja de São Lourenço

- Igreja de São Simão

- Palácio dos Duques de Aveiro

- Quinta da Bacalhoa

- Quinta das Torres

Propõem-se o seguinte exercício: 

Levantamento histórico – Deve conter informações da sua construção (data, quem mandou construir, etc), imagens. 

Levantamento arquitectónico – Enquadrar o edifício no respectivo período arquitectónico, deve conter desenhos dos elementos mais importantes. 

Levantamento fotográfico – elaborar uma cronologia fotográfica do edifício caso existam imagens antigas e desenhos antigos (se possível). 

Levantamento popular – perceber se existe alguma história popular em torno do edifício. 

O objectivo do trabalho seria no fim ter uma compilação de todos os edifícios e elaborar uma brochura. 

O trabalho deverá estar concluído até ao final de Abril.

Neoclássico como base da concepção arquitectónica do Renascimento versus Maneirismo.


21-Fevereiro-2013
Sumário: Características do Neoclássico como base da
concepção arquitectónica do Renascimento.
O Maneirismo.
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Caracteristicas fundamentais do Neoclássico - as bases
da concepção arquitectónica do Renascimento

O Renascimento era uma arquitectura de elites, e os
arquitectos renascentistas queriam ser conotados como
seguidores na integra de Vitrúvio. 
A regra é a base da arquitectura, foi neste período que se
inventou a lei da perspectiva no século XV.
Deste modo, a perspectiva tem ser enfatizada nos edifícios
recorrendo ao aceleramento desta, com artifícios
arquitectónicos, como a manipulação dos pés direitos dos
pisos que ia descrescendo consoante aumentava a altura.
Era fundamental que o arquitecto dominasse as regras
vitruvianas, como a simetria que deveria tala como a
perspectiva ser evidenciada.
Consequentemente, concebeu-se uma arquitectura sóbria,
de linhas geométricas muito regulares e simples.
Destaca-se que, a esfera e a circunferência eram
consideradas as formas geométricas mais perfeitas. E os
desenhos tinha necessariamente de ser centralizado. 
Os arquitectos portugueses vão ter uma postura evolutiva ao
longo do Renascimento dominando estas questões, e
criando grandes expectativas em relação aos edifícios.
Os grandes edifícios deste período são as casas de fresco.
Quinta da Bacalhoa








Maneirismo
O Maneirismo é um movimento que reinterpretava as
concepções neoclássicas. Assim, os arquitectos maneiristas
modificaram as regras que o neoclássico aplicava nos
edifícios, trocando as ordens nos andares.
Os arquitectos maneiristas utilizavam as ordens masculinas
em edifícios dedicados a uma identidade feminina,
utilizavam o sistema trilíptico.
É uma arquitectura totalmente ambígua, de tal ordem que
não é perceptível qual o frontão utilizado para finalizar o
edifício.
Para o edifício ser maneirista o arquitecto tem que ter
consciência da troca das ordens, não pode ser um erro
inconsciente. Quando essa troca era inconsciente por parte
do arquitecto trata-se de uma variante do maneirismo
denominada pseudomaneirismo. 

Igreja de São Vicente de Fora
 









terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Neoclássico e a Arquitectura Portuguesa

14-Fevereiro-2013

Sumário: Neoclássico e a Arquitectura Portuguesa
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O período Neoclássico na arquitectura surge com a descoberta da arquitectura clássica na Europa, mais precisamente em Itália, devido aos vestígios arqueológicos encontrados.

A par dos vestígios arqueológicos descobriu-se também o texto de Vitrúvio, fundamental no entendimento de uma nova concepção arquitectónica. 
A arquitectura clássica trouxe o conhecimento de noções matemáticas de proporção e geometria, defendia que o arquitecto tem que ter noção exacta das proporções do corpo humano.




No caso português esta influência surge mais tarde, após a morte de D. Manuel. O perfil deste governante não permitiu a entrada da cultura clássica em Portugal, vivia-se intensamente o período Manuelino na arquitectura portuguesa, um estilo com uma essência de forte nacionalismo e exaltação.
Deste modo, D.Manuel não conseguiu romper com as concepções medievais.
O seu sucessor D. João III tinha uma personalidade
progressista, ao deparar-se com o atraso que Portugal tinha em relação à Europa, e entendendo que o país que alargou o mundo não poderia estar atrasado, investiu numa politica cultural, e mandou portugueses para o estrangeiro aprender nos grandes centros culturais.
Deste iniciativa salienta-se Francisco de Hollanda que
no regresso a Portugal publica vários livros de sobre a cultura artística dos antigos.
Deste modo, o Manuelino desaparece completamente, e começa a aparecer uma arquitectura de influência clássica.
A tratadística vitruviana da arquitectura é fundamental na introdução da arquitectura clássica em Portugal, bem como
a existência de artistas estrangeiros em Portugal.
Inicialmente, o Neoclássico surge pontualmente nos edifícios, como nos exemplos abordados abaixo. 

Exemplos desta primeira fase clássica em Portugal:

Galilé da misericórdia de Beja


















Túmulo da igreja de Trofa


















http://www.panoramio.com/photo/75680375

Igreja da Mitra em Évora