sexta-feira, 31 de maio de 2013

Parque das Nações - Da regeneração à inovação urbana.

30 - Maio - 2013
Sumário: Parque das Nações - Da regeneração à inovação urbana.
Pavilhão de Portugal, Oceanário de Lisboa e Pavilhão Atlântico. 
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A génese urbana e arquitectónica é tão complexa que é imprescindível recuar aos acontecimentos que antecederam o espaço urbano existente aos dias de hoje, conhecer assim um passado recente é primordial. A Expo’ 98 deve como tema “Os oceanos. Um património para o futuro”, isto justifica toda a simbologia inerente ao espaço público e edificado do Parque das Nações.  Lisboa oriental caracteriza-se pelo encontro do Tejo, Oceano e o Mar da Palha, elemento unificador das duas margens, que actualmente pertencem a uma vasta área metropolitana com uma forte componente logística, auspiciosa outrora à procura de reviver o passado e tornar-se novamente a plataforma logística européia.
As indústrias transformaram a área oriental de Lisboa um cemitério industrial caracterizado pelos sistemas de circulação rodoviários e ferroviários, o plano para a Expo veio reabilitar e contornar essa situação de elevada degradação industrial, semelhante à degradação na outra margem uma grande problemática urbanística para este século.
A Expo’ 98 foi tomada em consideração como pretexto e instrumento de regeneração urbana. A zona ribeirinha ao longo do desenvolvimento industrial foi sofrendo uma grande desvalorização devido ao desenvolvimento urbano das zonas nobres de Lisboa, localizadas no interior do tecido urbano, como o caso da Avenida da Liberdade e das Avenidas Novas.
Na inversão destes fenómenos foi elaborado um Plano Estratégico da Cidade que visou o Arco Ribeirinho como uma área a ser legitimamente estruturada, com a parceria da Administração do Porto de Lisboa.
Assim sendo a Exposição Mundial de 98, mostrou-se crucial, uma verdadeira oportunidade de restauração da frente ribeirinha apesar de não ter resolvido todos os problemas, pelo menos a oriente alterou profundamente o paisagismo urbano.
A estruturação de grandes infra-estruturas de comunicação com a construção da Ponte Vasco da Gama permitiram algum desenvolvimento metropolitano, apesar de inicialmente se prever ainda um maior desenvolvimento.
O Arco Ribeirinho aparece como uma identidade particular no Plano Estratégico de Lisboa, previa-se que este se transforma-se numa enorme plataforma logística da cidade-região transformando-se na “Porta da Cidade”, sendo indispensável para toda a área metropolitana, para tal a intervenção da Expo revelou-se importante numa perspectiva de projecção internacional, criando uma nova centralidade com grandes equipamentos de uso colectivo, com valor mundialmente reconhecido, como o Pavilhão Atlântico onde se realizam diversos espectáculos, ou mesmo a Feira Internacional de Lisboa que deu provas da sua capacidade de incluir grandes eventos como a Cimeira da NATO em 2010.
A Expo foi uma grande operação urbanística, que consolidou o lanço oriental de Lisboa criando um pedaço de cidade altamente competitivo em investimentos imobiliários e empresariais.
A ocasião internacional forma novos conteúdos e perspectivas urbanísticas e requalificação e enaltecimento urbano como aconteceu no caso do Parque das Nações.
A integração da Expo’ 98 em contexto urbano numa metrópole, suscitou as cruciais questões que divergem entre a percepção global e local no modo de intervenção urbana ao fazer cidade, tendo em conta que a introdução de novos sistemas de mobilidade e as acessibilidades estabelecem alterações sistémicas no espaço metropolitano.
O Parque das Nações tem incrementada a resposta aos pressupostos da Expo’ 98 integrando um conjunto de infra-estruturas e equipamentos necessários aos eventos são como elementos que prepectuam no tempo revivendo a ambiência do lugar.
O modelo urbano proposto tem por base conceitos referentes a uma nova leitura da cidade com um lugar de grande mobilidade e competitividade, que alterou progressivamente as dimensões temporais e espaciais e o modelo urbano tem que ser permeável a essas mutações urbanas, a cidade hoje constitui um cenário de trocas e vivencias reais e virtuais, tornando-se um organismo altamente complexo. O modelo urbano tem que ser capaz de congregar a diversidade e singularidade arquitectónica bem como uma optimização do espaço público que preconize as diferentes arquitecturas.
A Exposição Mundial de 98 constituiu uma grande oportunidade na concepção de inovadoras técnicas urbanísticas e arquitectónicas evoluindo numa nova prática projectual, estes fenómenos geralmente constituem uma alavanca para novos tipos de urbanidades, neste caso a intervenção teve como mote recuperar a relação da cidade com o rio, numa espécie de reconciliação perdida com a apoderação industrial nas margens do Tejo.
Incrementou uma nova dimensão do espaço público introduzindo-lhe a escala pedonal, e deixa novas virtualidades no espaço urbano, com novas tipologias arquitectónicas e urbanas.
O estudo que deu origem a este modelo urbano remonta ao ano de 1992, data que é definida a Ponte Vasco da Gama, entretanto os arquitectos Graça Dias e Egas Vieira estudam o modelo de desenho urbano para a zona envolvente do recinto da Expo, definindo acessibilidades e área edificável. No ano posterior lançou-se o concurso de ideias para o recinto, que reverteu numa selecção de autores dos planos para os edifícios. Como equipas de arquitectos que abarcaram esta iniciativa, constituídas por: Norman Foster e Sua Kay; Manuel Vicente e Pedro Revana conjuntamente com outros; Miguel Câncio Martins e Armand Petroussiant; Jorge Ganhão, Niza Ribeiro, Pedro Matos e por fim, António Cassiano Neves e José Cadaval de Sousa.
Destas propostas, limitaram-se em grande parte à área de intervenção referente ao recinto, destacando-se a equipa de Foster e Manuel Vicente protagonizando propostas inovadoras que traduzem uma linguagem urbana diferente, expansionista.
O Plano de Urbanização pretendeu introduzir novos conceitos promovendo uma viragem da cidade para o rio articulando-a com o território mais afastado, abrindo uma nova “Porta da Cidade”, o modelo adoptado foi o da retícula como desenho organizacional, visava novas soluções para o espaço público numa articulação entre o efémero e o definitivo, e principalmente criar a marca na cidade do acontecimento da Expo’ 98. O plano pretende a inclusão de novas oportunidades urbanas e arquitectónicas baseadas na diversidade e complexidade criando edifícios e ambientes singulares, efémeros e perenes criando cenários urbanos.
O Plano de Urbanização exigia a concepção de uma arquitectura diversificada e simbolicamente relacionada com a temática da exposição, tornando o objecto arquitectónico uma referência no espaço público.
Os Planos Pormenor contribuíram em muito para a consolidação das propostas urbanas para o recinto, desenvolvendo as morfologias ambientais da cidade, ultrapassando o preconceito dos urbanismos instituídos até então, vai ao encontro das noções corporativas do quarteirão e do espaço da praça. Os planos estipulam a tripartição do espaço urbano, concedendo à zona baixa uma raiz  mediterrânea, à zona de transição uma raiz futurista e modernista e na zona alta considerações voltadas para o High Tech.
A paisagem ribeirinha foi transformada esteticamente, única no Estuário do Tejo, renascida dos despojos industriais.
A Expo’ 98 deixou um grande legado arquitectónico, na medida em que a palavra-chave foi a experimentação, aplaudida por muitos, criticada por tantos outros.
Para compreender o espaço actual é necessário recorrer ao passado e percepcionar quais foram os pavilhões mais emblemáticos e os que se mantêm até aos dias de hoje. Entre os pavilhões destacam-se o Pavilhão de Portugal, que faz a mediação entre a Gare do Oriente e a doca, obra do arquitecto Álvaro Siza, com uma ideia assente na horizontalidade, obra que a engenharia teve um papel fundamental na construção da sua extraordinária pala que traça uma praça que antecede o interior do edifício. Outro emblemático edifício foi o Pavilhão da Utopia actual Pavilhão Atlântico, concepcionado como uma sala capaz de abarcar uma enorme diversidade de espectáculos, foi um edifício pensado para perdurar no tempo, obra do arquitecto Regino Cruz e S.O.M, é um objecto arquitectónico de extrema singularidade com uma forma de concha assente numa plataforma de acesso através de escadarias.
O Pavilhão do Conhecimento dos Mares também merece destaque, é o actual Museu da Ciência e Tecnologia do arquitecto João Luis Carrinho da Graça, localiza-se contiguo à doca tal como o Pavilhão de Portugal, o edificado apresenta uma volumetria clara que intersecta dois paralelepípedos em posição vertical e horizontal, acima do solo dando uma enorme transparência, com a imposição do betão aparente, é claramente um edifício que defende a perenidade na arquitectura.
O Oceanário é claramente um dos edifícios que contribui para as actuais dinâmicas do Parque Expo, do arquitecto Peter Chermayeff, trata-se de um edifício ilha nas docas dos Olivais.
Ainda é de salientar a importância efémera do Pavilhão do Futuro, tendo como autores os arquitectos Paula Santos e Rui Ramos, que criaram um paralelepípedo transparente com fachadas ondulantes, com uma simbologia marítima fortíssima, composto por um cilindro nuclear com função de átrio, uma planta trapezoidal e o contentor expositivo.
Mas para além dos edifícios emblemáticos que vão sobrevivendo ao tempo é de referir os espaços ajardinados e os projectos decorrentes na envolvência, como o caso da Gare do Oriente foi um acesso de extrema importância à data da exposição, hoje é uma importante estação que dinamiza a área Oriente da cidade, obra do arquitecto Santiago Calatrava, tendo como principal orientação a diversidade do sistema de transportes que integram a Gare. A imagem da Gare é conseguida através de estruturas de aço e vidro, desenhando árvores simbólicas.
A exposição além destes valiosos exemplos trouxe fundamentalmente a estruturação de um novo pedaço de cidade, onde reside a simbologia temática inerente ao acontecimento. Em relação à arquitectura o pragmatismo venceu a experimentação.


Parque das Nações (www.br.olhares.com)


Ponte Vasco da Gama (www.gostodescooter.blogspot.com)

Pavilhão de Portugal

O Pavilhão de Portugal é um edifício de destaque, projectado por Siza Vieira, claramente com intenção de ser utilizado posteriormente à exposição, com uma imagem clara e forte, o edifício é constituído por duas volumetrias, uma que está coberto e suspensa através de dois pórticos enquadrados na perpendicular ao caís, a cobertura é caracterizada por uma lâmina de betão suspensa por tirantes em aço, que forma uma altura superior a 10 metros, o espaço formado pela cobertura curvilínea destina-se ao acesso público e possíveis eventos, no que toca ao outro volume que define o edifício é uma estrutura constituída por dois pisos e uma cave, com uma altura de mais de 14 metros, com paredes em betão armado, tal como a sua estrutura.
Os pisos do volume desenvolvem-se através de um pátio interior de 20 metros de largura e 22,5 metros de comprimento de forma a incorporar uma árvore de grande porte, a Norte do volume existe um desenvolvimento em planta em forma de U, existindo um espaço destinado a um jardim com lâminas incorporadas de forma a dar continuidade ao espaço construído criando um jardim labiríntico.


Pavilhão de Portugal (Google Earth)

Oceanário de Lisboa

O Oceanário de Lisboa foi um dos edifícios determinantes aquando a exposição mundial, este edifício pertence a toda a carga simbólica da exposição. Localiza-se na doca dos Olivais apropriando-se do espaço aquático e formando uma ilha que estabelece uma ligação com a terra através de uma ponte, tal como um barco ancorado na doca, obra do arquitecto Peter Chermayeff e de uma vasta equipa, que ao nível conceptual criaram um edifício em sintonia com todas as direcções, tal como o oceano está para o planeta, deste modo criaram um grande tanque representativo do mar e à sua volta as quatro zonas costeiras, espaços que incluem exemplares vivos das diversidades marítimas que se uniram em torno do edifício do Oceanário. A nível internacional o Oceanário apresenta exemplares únicos em cativeiro, conseguindo manter as dinâmicas da exposição e atrair milhares de visitantes.


 Oceanário de Lisboa (www.lpmcom.pt)

Pavilhão Atlântico

O Pavilhão Atlântico à data da Expo’ 98 era denominado como Pavilhão da Utopia ou Pavilhão Multiusos, actualmente é o Pavilhão Atlântico/Meo Arena, comportando uma sala principal de configuração oval, e uma sala auxiliar com forma rectangular com uma até 15.500 lugares.
Estes espaços são ligados fisicamente formando um único edifício, apesar de poderem funcionar de forma independente ou em conjunto. O edifício comporta todos os tipos de eventos, a sua imagem simula uma cavername de um navio, até estruturalmente, composto por costelas de madeira laminada colada alcançando um vão de 114 metros. É um edifício muito flexível, como uma arena passível de comportar no seu interior os mais diversos elementos montáveis, princípios tidos pelos arquitectos que conceberam o projecto, Regino Cruz e S.O.M.


Pavilhão Atlântico (www.cm-lisboa.pt)

Fontes:
http://www.noticiasdoparque.com/
http://www.portaldasnacoes.pt/
http://ulisses.cm-lisboa.pt/data/002/004/index.php?ml=3&x=eficazes.xml
VASSALO, Rosa; TOUSSAINT, Michel (1996) - Lisbon Wordl Expo 98. Projects. Lisboa: Blau.






sexta-feira, 24 de maio de 2013

Belém - O protagonismo urbano na cidade de Lisboa (continuação).


23 - Maio -2013
Sumário: Belém - O protagonismo urbano na cidade de Lisboa (continuação).
Museu da Electricidade, Museu dos Coches e Centro de Investigação Champalimaud.
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Museu da Electricidade
O Museu da Electricidade localiza-se em Belém e está classificado como imóvel de interesse público, está inserido no edifício da Central Tejo. O Museu abriu em 1990 e em 2000 sucederam-se as reabilitações, até ao ano de 2006 em que reabre com grande notoriedade e afluência. O Museu pertence à Fundação EDP.
Historicamente a Central Tejo é a antiga Termoeléctrica lisboeta, respondendo aos alicerces da arquitectura industrial, estruturando-se na arquitectura ocidental do ferro, pois materialmente o edifício encontra-se revestido com tijolo e uma mistura surpreendente de estilos desde a Arte Nova ao Classicismo.
A Praça do Carvão protagoniza o lugar de chegada, nessa praça é notória toda a instrumentalização das caldeiras de alta pressão, a entrada do edifício dá-se a partir da Sala de Exposições, tratava-se de um antigo espaço referente às caldeiras de baixa pressão, hoje é o espaço dedicado às exposições temporárias, seguidamente surge a Sala das Caldeiras, a Sala dos Cinzeiros, a Sala do Experimentar tripartida em três espaços, dedicados às fontes de energia, aos cientistas da produção electrica e à aprendizagem, surge a Sala da Água, a Sala das Máquinas, a Sala dos Condensadores, no piso superior a Sala dos Geradores e ainda noutro piso acima a Sala de Comando que actualmente é uma área dedicada à experimentação e à história da produção electrica. O Museu tem um Centro de Documentação relacionado com o estudo especializado da produção eléctrica.


Central Tejo – Museu da electricidade (www.cm-lisboa.pt)

Novo Museu dos Coches
O Museu dos Coches foi desenhado por Paulo Mendes da Rocha, previa-se que estivesse terminado para as comemorações do centenário da República, mas no entanto em 2011 ainda estava a ser edificado, este edifício faz parte da requalificação e reabilitação da frente ribeirinha de Lisboa incorporado no programa Belém Redescoberta. O edifício contará com pé direito de 10 metros, num espaço branco com 130 metros. A cota de soleira vai se apresentar livre, o objecto está suspenso de forma a não obstruir a visualização e o desfrute do lugar, apesar de ser uma construção enorme, em resposta vai ser construído a 4,5 metros do chão. O objectivo do edifício é a exposição e a conservação dos coches, e era necessário integrar o edifício num meio urbano consolidado com bairros antigos, jardins, monumentos e o interveniente principal, o rio.
Relativamente à estrutura do edifício esta será metálica, assente sob quatro colunas, que irá corresponder apenas ao espaço expositivo, para as outras instalações de apoio, será construído outro edifício de apoio, e desenvolver-se-á com uma vista privilegiada sob os Jardins do Império.


http://ruadosnavegantes.blogspot.pt/2011/03/o-novo-museu-dos-coches.html

Centro de Investigação Champalimaud
O Centro de Investigação Champalimaud é de grande notoriedade para Lisboa, estrutura o objectivo da Fundação Champalimaud na criação de um pólo de investigação cientifica nas áreas oncológicas e neurociências, capacitado das mais variadas tecnologias pioneiras do mundo. A implantação do Centro Champalimaud tem uma área de 60 mil metros quadrados na frente ribeirinha no lugar de Pedrouços, nas imediações da Torre de Belém e na foz do Tejo encontra-se num lugar de grande simbologia nacional relacionada com os descobrimentos à procura do desconhecido. Pela singularidade desses acontecimentos o edifício congratula uma actividade a nível mundial, tal como o feito histórico dos portugueses há séculos atrás, o edifício torna-se um marco desses acontecimentos, com os olhos postos da comunidade internacional.
O projecto é obra do arquitecto Charles Correa, que a nível conceptual usa a analogia dos descobrimentos marítimos com as descobertas cientificas.
O edifício tem dois volumes fomentando a livre circulação, o Edifício A é provido de áreas de diagnóstico e de tratamento, nos pisos inferiores, bem como áreas destinadas a laboratórios e aos administrativos em pisos superiores. O Edifício B tem como funcionalidades, serviços de restauração, auditório e espaços de exibições, ainda tem um passadiço em vidro que faz a ligação com o Edifício A. No exterior além dos espaços ajardinados possui um anfiteatro, e a disposição dos volumes encontra-se delineada por um eixo com utilidade pedonal com 125 metros, que descreve uma diagonal no terreno culminando no mar, simbolicamente desenhado. O bloco central do complexo edificado encontra-se no Edifício A, como já foi referido localizam-se ai os mecanismos de diagnóstico e tratamento bem como equipamentos laboratoriais. A entrada no edifício processa-se através de um espaço com duplo pé direito que se direcciona para um jardim tropical coberto estabelecendo a ponte entre edifício e natureza, numa analogia simbólica. Neste piso é possível encontrar as áreas afectas a exames médicos e outras áreas de apoio clinico, tal como uma área destinada a “infantário” para a utilização dos utentes enquanto utilizam os serviços do centro. O ponto fulcral do edifício é o jardim tropical coberto por uma pérgola que é a peça chave do edifício, situado abaixo da cota do piso térreo, a uma cota inferior de 4,5 metros. No primeiro piso encontram-se os laboratórios afectos à investigação, na envolvência do jardim tropical, os laboratórios de apoio têm uma vista privilegiada para a área da marina e para o mar, tal como os gabinetes dos investigadores. O edifício também tem uma biblioteca distribuída por dois pisos com uma disposição programática que relaciona as duas alas, lugar propicio à sociabilização.  O último piso laboratorial tem ligações para o piso inferior fazendo a articulação entre os dois pisos, promovendo uma maior interacção entre utilizadores. A Norte do Edifício A situam-se os serviços administrativos que interagem com o Edifício B onde se localizam outros serviços através de uma ponte em vidro. No Edifício B encontram-se as áreas referentes a exibições que comunicam os objectivos da Fundação, localizam-se também um grande Auditório e restauração, no piso superior encontram-se os escritórios contemplados com terraços.
Os espaços exteriores permitem a realização de espectáculos de frente para o rio, acessível aos visitantes, incorporando um jardim tropical importantíssimo no paisagismo do edifício.
O complexo é denominado como “A Janela da Esperança” pelo arquitecto do Centro, devido a tratar-se do primeiro hospital mundial com tais características, que até fomenta uma grande interactividade entre doentes e investigadores.
O Centro de Investigação para o Desconhecido é a nomenclatura denominada internacionalmente, vai suscitar repercurssões relevantes para Lisboa, e melhor contudo o desenvolvimento da investigação cientifica em áreas tão particulares como o cancro e as neurociências.


Centro de Investigação Champalimaud (www.fchampalimaud.org)



Centro de Investigação Champalimaud (www.jornaldaregiao.blogspot.com)

Fontes:
http://www.fchampalimaud.org/home/portuguese-summary/centro-de-investigacaeo-da-fundacaeo-champalimaud1/
http://www.edp.pt/pt/sustentabilidade/fundacoes/fundacaoedp/museudaelectricidade/Pages/MuseuElectricidade.aspx
http://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_da_electricidade
http://canais.sol.pt/paginainicial/cultura/interior.aspx?content_id=100924






quinta-feira, 9 de maio de 2013

Belém - O protagonismo urbano na cidade de Lisboa.

9 - Maio - 2013
Sumário: Belém - O protagonismo urbano na cidade de Lisboa.
Edifícios: Mosteiro dos Jerónimos, Torre de Belém, Palácio de Belém e Centro Cultural de Belém.
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Este capitulo aponta para três grandes núcleos de património urbano e arquitectónico, Lisboa aparece assim desenhada sobre um núcleo referente a Lisboa ocidental, que integra a zona histórica de Belém e ainda Lisboa Oriental, descrita pela recente intervenção, o Parque das Nações e o núcleo central que vai ser alvo de um estudo mais aprofundado, Baixa/Avenida/Castelo. Este itinerário pelo património de relevo lisboeta aponta nestes três núcleos localizados no arco ribeirinho constituintes de um grande potencial urbanístico, responsáveis pela paisagem urbana lisboeta.
O tecido urbano ao longo destes núcleos é composto por elementos arquitectónicos únicos de um património importantíssimo como o caso dos edifícios históricos que vão enaltecendo a sua área de influência, dos grandes equipamentos e dos grandes edifícios de serviços, graças à convergência das actividades económicas, culturais e sociais.
A relevância da qualidade urbana assente na Baixa Pombalina ou no Parque das Nações, planos nascidos do avanço tecnológico da sua contemporaneidade, constituem-se importantes na concepção de Lisboa cosmopolita.
As grandes obras da arquitectura portuguesa encontram-se maioritariamente inseridas nestes núcleos contribuindo grandemente para a qualidade do espaço urbano. Também os pólos educativos, culturais e comerciais contribuem para a diversidade urbana. 

Belém

Belém é um núcleo urbano de grande relevo no tecido da cidade, situa-se a ocidente de Lisboa. O lugar de Belém é o retrato dos fenómenos históricos envolvidos na génese de Portugal, nomeadamente relativos à época dos Descobrimentos. Os lugares do Chão Salgado, Alto do Duque e Forte da Areia são sítios de grande evocação histórica.
Belém coroa a expansão marítima, a implantação da corte, a Exposição do Mundo Português e o contemporâneo Centro Cultural de Belém, são marcos que fizeram de Belém um núcleo de fixação de equipamentos e grande investimento empresarial. Os Jerónimos e a Torre de Belém favoreceram o desenvolvimento urbano do lugar de Belém, onde quintas suburbanas enalteciam o tecido urbano no século XV. No século XVIII Belém tinha uma forte importância económica, repletas de palácios e edifícios nobres, que dado o terramoto poucos estragos tiveram, pois a zona de Belém foi pouco afectada.
No século XIX Belém tornou-se num bairro administrativo e concelhio no reconhecimento da sua importância integrando-se na cidade de Lisboa, Belém tornou-se um local de culto do passeio, é como se fosse um museu a céu aberto, é um pólo de divertimento muito dinamizador.
Em pleno século XX, a partir dos anos quarenta sofre muitas operações urbanísticas alterando profundamente a imagem urbana de Belém. Na década de trinta um bairro de habitação económica foi construído nas Terras do Forno, denominado Bairro Novo de Belém. A Exposição do Mundo Português em 1940, transformou em muito o espaço urbano tornando Belém ainda um lugar mais mediático. No inicio da década de cinquenta um novo bairro social emergeu no Restelo, bem como o Estádio do Restelo, o Planetário Gulbenkian, o Museu da Marinha e o Museu da Arte Popular. Em 1970 urbanizou-se o Alto do Restelo, e após o 25 de Abril instala-se o Mercado do Povo e a Galeria de Arte Moderna. Nos anos noventa ergue-se o Centro Cultural de Belém edifício de grande controvérsia. Apesar deste crescimento e deste fervor no que toca à implantação de equipamentos culturais, Belém ainda conta nos anos noventa com bairros de barracas como o Bairro Brancas Lucas ou Alto dos Esteiros.
Belém é um pólo importantíssimo no que toca ao valor patrimonial, é o lugar de Lisboa que oferece o maior número de imóveis classificados, é um verdadeiro desfile de vários reflexos arquitectónicos, essa diversidade faz de Belém um exilibris para a projecção de Lisboa no mundo.
Os elementos urbanos são de tal evidência que merecem ser referenciados, como o conjunto urbano sito na Rua Vieira Portuense datado do século XVII, formado por edifícios seiscentistas, o Palácio Calheta ou Pátio das Vacas do século XVIII situado na Rua General João de Almeida, o Largo do Chão Salgado, a Ermida de Nossa Senhora da Conceição de 1710, a Casa dos Pastéis de Belém de grande importância na atractividade internacional, o Picadeiro Régio actual Museu dos Coches, o Padrão dos Descobrimentos de 1940, o Pavilhão da Exposição do Mundo Português, actual Museu da Arte Popular datado de 1940, o Planetário Calouste Gulbenkian e os de maior relevo que vão ser desenvolvidos a seguir.

Belém (CONSIGLIERI, Carlos; RIBEIRO, Filomena; VARGAS, José Manuel; ABEL, Marília, Pelas freguesias de Lisboa: Lisboa Ocidental, Câmara Municipal de Lisboa, Biblioteca da Educação)

Mosteiro dos Jerónimos

O Mosteiro dos Jerónimos é a resposta edificada ao estimulo de D. Manuel I, que em 1496 pediu autorização para edificar um extraordinário Mosteiro nas margens do Tejo. No ano de 1951 começou-se a edificação concluída um século depois. O edifício perpectua uma fachada extensa com um carácter de horizontalidade inato, o edifício foi construído com um material regional, o lioz.
As personalidades referentes à construção e concepção do Mosteiro, foram Diogo de Boitaca, João de Castilho, Diogo de Torralva e Jerónimo de Ruão. O edifício do Mosteiro dos Jerónimos é o exilibris da arquitectura Manuelina, apesar de ter apontamentos do Gótico final e do Renascimento.
Nos séculos XVII e XVIII, foram construídas a porta da clausura, a casa do porteiro, a escadaria conventual e a sala que se direcciona para a galeria do Claustro. Em 1640 é executada a livraria do Mosteiro e em 1711 construiram-se os retábulos de talha para os altares do cruzeiro.
No século XIX os cenógrafos Rambois e Cinatti entraram em cena para reestruturar a fachada da igreja e o anexo contiguo criando a imagem aparente que se identifica aos dias de hoje, estes demoliram a galilé e a sala real, construíram os torreões nascentes ao dormitório, foi executada uma cobertura mitrada para substituir a cobertura piramidal da torre sineira e construíram a também a rosácea do Coro-Alto. Os restauros referentes ao Claustro e à Sala do Capitulo sucederam-se em 1886 pela mão do engenheiro Raymundo Valladas que construiu as abóbadas destes espaços.
No inicio do século XX o Mosteiro do Jerónimos recebe a designação de Monumento Nacional, seguidamente em 1908 realizaram-se obras no Mosteiro com a conclusão do corpo central do anexo, bem como a fixação de vitrais na fachada orientada a Sul. Em 1939, são efectuados novos restauros e um ano depois o espaço envolvente ao edifício recebe especial atenção em prol da Exposição do Mundo Português. Relativamente ao Museu da Marinha foi instalado em 1909 e mais tarde o Planetário Calouste Gulbenkian em 1962 implantaram-se contíguos ao Mosteiro tornando o espaço ainda mais dinâmico.
Em 1983 o Mosteiro recebe a classificação de Património Mundial pela UNESCO que difundirá imenso a imagem de Portugal no mundo, ainda em 1985, foi assinado o tratado em que Portugal aderiu à CEE no Claustro do Mosteiro do Jerónimos.
Relativamente aos elementos arquitectónicos, a Porta Sul foi construída entre 1516 e 1518 pela mão de João Castilho respeitando o projecto de Diogo de Boitaca, é o elemento central da fachada imponente do Mosteiro. No que concerne à Porta Principal está orientada a Nascente e está defronte ao Altar-Mor, projecto de Diogo de Boitaca e construída por Nicolau Chanterenne. A Igreja de Santa Maria de Belém está assente numa planta em cruz latina, desenvolvendo-se em três naves com o mesmo pé-direito, trata-se de uma igreja salão, ostentada por uma abóbada polinervurada suportada por seis pilares circulares. A parede localizada a Norte vislumbra os confessionários e a Sul os janelões decorados com vitrais. A abóbada do cruzeiro nobre vence uma largura de trinta metros, algo de grande espectacularidade para a época, uma grande inovação estrutural. A Capela-Mor é da traça de Jerónimo de Ruão, com influência maneirista contrastante com a preserverança manuelina. As arcadas estão abertas entre as colunas laterais e em cima do Altar-Mor localizando-se o retábulo com imagens da Paixão de Cristo. O claustro foi projectado por Diogo de Boitaca que iniciou a construção, posteriormente o trabalho foi continuado por João de Castilho e concluído em 1541 por Diogo de Torralva, o Claustro é a componente arquitectónica de maior relevo do período Manuelino, possui um duplo piso assente sobre uma planta rectangular e abobadado. No que toca ao refeitório do Mosteiro foi construído no período compreendido entre 1517 e 1518 pela mão de Leonardo Vaz, possui uma abóbada abatida e polinervurada. As paredes são revestidas por um painel de azulejos por baixo de cordões de pedra. A Sala do Capitulo tinha a função de reunir os monges, apesar de numa ter desepenhado a função devido à conclusão tardia da abóbada no século XIX. A Sacristia é projecto do arquitecto João Castilho sendo executado no período entre 1517 e 1520, é uma sala imponente abobadada com uma coluna central renascentista, as pilastras são de ordem jónica comparáveis às capelas laterais do transepto da igreja. O Coro-Alto é uma obra anterior ao ano de 1551, é uma grande obra da carpintaria artística renascentista projecto de Diogo de Torralva, o varandim desmoronou em parte com o terramoto de 1775 sendo reconstruído em 1883. O Mosteiro possui ainda uma livraria datada de 1640, onde estavam as grandes obras da autoria eclesiástica.



Mosteiro dos Jerónimos (www.cm-lisboa.pt)

Torre de Belém

Tal como o Mosteiro a Torre de Belém faz parte dos edifícios defensivos de herança medieval, esta fortificação pertence à salvaguarda do estuário do Tejo, obra do reinado de D. Manuel I, a Torre de Belém possui uma traça única, artilhada para responder à defesa do Tejo. Exteriormente a Torre ostenta uma escadaria, onde é possível observar a guarida a Norte envolta de uma decoração de evocação religiosa e simbologia Manuelina. Passando por um passadiço converge-se para a ponte elevadiça rodeada de altas técnicas defensivas. Em relação ao Baluarte, localiza-se seguidamente à porta principal, possui dezassete bocas das canhoeiras, a pavimentação apresenta-se inclinada para o exterior, ao centro encontra-se um pátio rectangular com arcadas góticas, ainda na nave do Baluarte dispersam-se pátios e uma escada abrupta que vai em direcção ao terraço do Baluarte envolto de seis guaritas com janelas de vigia e cúpula de gomos. Relativamente à fachada Sul que se encontra virada para o Tejo e é fortemente decorada, no segundo pavimento localiza-se um balcão corrido com arcadas decoradas com balaustradas, esta fachada é a representação de toda a simbologia Manuelina, dotada de grande presença na zona ribeirinha em pleno século XVI, era uma das mais impressionantes fachadas na época. A torre dispõe de uma Sala do Governador é a primeira sala onde se encontra a boca da cisterna, o tecto abobadado e pigmentado com cal, também na sala encontra-se uma escada em caracol que se direcciona até ao topo da torre e também alcançando as salas. A Sala dos Reis dá acesso ao balcão da fachada Sul da torre, o pavimento desta sala apresenta oito matacães, ainda no que toca às salas, existe a Sala das Audiências, tem um carácter muito austero, a Sul surgem duas janelas com balaustrada com arco semicircular, nas outras paredes aparecem vãos geminados incorporando arcos de volta perfeita e colunelo central. A Capela é austera afecta ao recolhimento, a sala da Capela tem uma abóbada polinervurada, com evocação religiosa e Manuelina, todo o piso é envolto por um balcão com matacães. Como já foi referido a Torre de Belém possui um terraço onde se tem uma visão extraordinária sob o estuário do Tejo e área contigua a Belém.



Torre de Belém (www.pt.wikipedia.org)

Palácio de Belém

O Palácio de Belém, datado de 1559, está classificado como Monumento Nacional trata-se da actual residência oficial da Presidência da República.
O edifício central é composto por cinco volumes defronte para o Estuário do Tejo integrado num forte desenho paisagístico. Existe um palacete a Este do Pátio das Damas denominado como anexo, bem como outro volume no gaveto para a Calçada da Ajuda pertencente ao Museu dos Coches. A Ocidente localizam-se a articulação do pavilhão da Arrábida, do Pátio dos Bichos e do Jardim da Cascata. Para Sul o Jardim Grande prolonga-se culminando num miradouro, ainda a poente existem as antigas “Casas da Recreação”.
Para dar entrada no Palácio é necessário percorrer o Pátio dos Bichos, e as antigas cavalariças hoje funcionam como o Museu da Presidência da República. Lateralmente ao Pátio dos Bichos confronta-se a fachada Ocidental do Palácio onde se intersectam o Palácio e pavilhão Arrábida, a fachada possui uma porta central e duas laterais, além de três vãos sacada, ainda na envolvência do pátio localiza-se uma fonte e algumas portas. No percurso em direcção à Sala das Bicas é perceptível um pórtico em pedra através da escada de acesso, o seu interior é composto por uma pavimentação em mármore preto e branco e no revestimento surgem silhares de azulejos diversificados. Lateralmente encontra-se a Sala de Jantar num compartimento do Palácio edificado no século XVI, também existe a Sala Dourada núcleo comunicativo com os três grandes salões nobres do Palácio, a Sala apresenta um grande tecto datado do século XVIII, revestido a painel e decorado exaustivamente com talha dourada, existe também a Sala Azul ou Sala dos Embaixadores com características semelhantes. A Sala Azul direcciona-se para o Gabinete de Trabalho do Presidente. A Sala de Baile do reinado de D. Maria II no século XIX é a actual Sala de Reunião do Conselho de Estado. O Pátio das Damas é a área de maior movimento do Palácio, entra-se directamente pela porta contigua à Calçada da Ajuda e ladeado pelo Jardim do Buxo, pelo palácio e pelo palacete edificado no século XX.
Bem como os edifícios anteriores o Museu dos Coches foi inaugurado como tal em Maio de 1905 por iniciativa de D. Amélia, que escolheu como lugar para a instalação, do Picadeiro Real de Belém. Actualmente o Museu conserva uma colecção vasta e inigualável no mundo, de viaturas e demais acessórios correspondentes ao século XIX. Obedece a um projecto neoclássico do arquitecto Giacomo Azzolini, possuindo um grande salão rectangular com 50 metros de comprimento e 17 metros de largura, ostenta dois pisos, surgindo no topo do último piso, com tribunas articuladas em galerias.
O Picadeiro Real teve inicio construtivo em 1787 concluindo-se em 1828. À data de 1791, as tribunas eram decoradas em painéis de azulejo fornecidos por Francisco José da Costa, e em 1793 a instalação da balaustrada interior estava concluída.
Em 1904 procedeu-se à adaptação do Picadeiro a Museu pela mão do arquitecto real Rosendo Carvalheira, mais tarde em 1940 novas obras foram executadas pelo arquitecto Raul Lino, onde foram realizadas obras de ampliação com a construção de um novo salão contiguo. A cobertura foi alvo de intervenção no período de 1999 a 2001, procedeu-se à sua reabilitação e à remodelação do tecto do salão lateral.



Palácio de Belém(www.presidencia.pt)



Museu dos Coches (www.pt.wikipedia.org)

Centro Cultural de Belém

Mais recente e de extrema importância é o Centro Cultural de Belém, em 1988 foi decidida a sua edificação, com o claro objectivo de receber a Presidência Portuguesa da União Europeia em 1992 num edifício condigno, posteriormente transformou-se num grande núcleo cultural. A partir deste pressuposto foi aberto um concurso internacional através do Instituto Português do Património Cultural, os vencedores foram Manuel Salgado e Vitorio Gregotti, que propunham um conjunto edificado com cinco módulos, mas efectivamente só foram construídos três relativos ao Centro de reuniões, Centro de Exposições e Centro de Espectáculos. A construção foi iniciada em finais de 1988 e concluída em Setembro de 1993. A implantação foi polémica, foi escolhida para demarcar o lugar de partida para os Descobrimentos. O Centro de Reuniões desenvolve-se espacialmente para receber congressos e reuniões, possui acabamentos arquitectónicos de excelência funcionando conjuntamente com várias lojas, restaurante, bares e as garagens. Relativamente ao Centro de Espectáculos tem como funcionalidade a apresentação de diversos espectáculos artísticos, é constituído por um grande Auditório e um pequeno auditório fornecidos de salas de apoio aos espectáculos. O Centro de Exposições é caracterizado espacialmente por diversas áreas dedicadas à exposição distribuídas em quatro galerias dedicadas à exposição de todos os tipos artísticos. O Centro Cultural de Belém tem uma grande relação espacial com o exterior nomeadamente com a praça do império, através de duas ruas internas e caminhos pedonais, o Centro Cultural de Belém tem uma forte componente urbana. É de salientar a materialidade do edifício através do lioz, confere-lhe uma imagem edificada única e monumental.



Centro Cultural de Belém (www.cm-lisboa.pt)



Maqueta do Centro Cultural de Belém (www.risco.org)

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_Cultural_de_Bel%C3%A9m

CONSIGLIERI, Carlos; RIBEIRO, Filomena; VARGAS, José Manuel; ABEL, Marília (1996) - Pelas freguesias de Lisboa: Lisboa Ocidental. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa, Biblioteca da Educação.

FRANÇA, José-Augusto (2005) - Lisboa: Urbanismo e Arquitectura. Lisboa: Livros Horizonte.

http://www.mosteirojeronimos.pt/pt/index.php

http://www.museudoscoches.pt/Museu/MuseuInfo/tabid/89/tekmoduleid/405/Default.aspx?tektag=Hist%C3%B3ria

http://www.presidencia.pt/?idc=15

http://templar.ipt.pt/~belem/pt/index.php