7-Fevereiro-2013
Sumário: Manuelino - Arquitectura Civil
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Habitação
Nobre
Num periodo de apogeu económico, o Rei D. Manuel intervém nos Paços reais, introduzindo o seu estilo muito próprio e manda construir Paços de raiz.
Paço
real em Alvito (perto de Beja)
Trata-se de um edifício com uma estrutura de grandes dimensões, pois tem quatro torres
cilíndricas ligadas entre si através de 4 corpos horizontais.
Existe em todo o edifício uma forte presença da Arquitectura árabe. Exemplo disso é o pátio que apesar de sugerir um claustro é claramente um pátio de morfologia árabe. Este pátio estabelece uma relação com o edifício semelhante à relação entre o edifício e a rua.
Paço de
Sintra
O Paço de Sintra é constituído por vários volumes construídos ao longo de
sucessivas épocas, é um dos edifícios portugueses de
arquitectura realenga mais mediáticos e por isso classificado de Monumento Nacional.
A origem deste Paço remonta provavelmente para o paço dos walis mouros.
A imagem do edifício actual resulta de duas etapas de remodelação: a primeira, no reinado de D. João I
(séc. XV); a segunda, no reinado de D. Manuel I (séc. XVI).
Este edifício tem o maior conjunto de azulejos mudéjares de Portugal.
É um edifício notável devido às suas duas grandes chaminés. É um dos "ex-libris" de Sintra.
Paço de
Évora
Edifício construído
antes do reinado de D. Manuel e posteriormente modificado por este.
Existe uma forte
influência árabe, através dos arcos árabes em tijolo, por outro lado estão
presentes as cordas da gramática manuelina.
Este Paço era um
dos edifícios mais importantes do reino, tendo como principais elementos o claustro do renascimento, a Sala da Rainha, o refeitório e a biblioteca régia.
Actualmente, a Galeria
das Damas é o restou do edifício como exemplo do estilo manuelino, apesar dos traços renascentistas.
O edifício é composto por um piso térreo, de
planta rectangular, onde subsiste a Galeria, um pavilhão fechado e o alpendre. Relativamente ao piso superior, existem dois salões e um vestíbulo de estilo
mourisco. No exterior existe o torreão, este é constituído por dois andares e termina num pináculo hexagonal com uma
porta manuelina.
Torre
de Belém
O nome original do edifício é Torre de São Vicente e foi edificada entre 1515 e 1519, no reinado de Dom
Manuel tendo como objetivo a defesa do rio Tejo e da cidade de
Lisboa, situada a meio do rio, rodeada de água, uma vez que o rio se prolongava até aos Jerónimos.
A Torre é constituída pelo Baluarte e a Torre.
Sendo que o Baluarte tem a forma hexagonal e o interior é constituído por um pátio com aberturas para as
peças de artilharia e caves que foram utilizadas como espaços de prisões.
O terraço é
rodeado de ameias e seis guaritas. Salientando o aspecto defensivo.
A Torre possui quatro andares: no primeiro situa-se a Sala do Governador, no segundo andar, na Sala dos Reis com uma varanda virada para o rio; no
terceiro piso fica a Sala de reuniões, no último andar
encontramos uma capela, e por fim, o Terraço com
ameias e quatro guaritas. Todo o monumento está decorado ao estilo Manuelino.
Este edifício é uma síntese da arquitectura do Manuelino, simbólica e aposta no exotismo. É o verdadeiro símbolo dos descobrimentos.
É um edifício de
grande qualidade feito pelos arquitectos portugueses Francisco e Miguel De Arruda.
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