sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Mosteiro de Alcobaça e Sé de Évora

22-Novembro-2012
Sumário: Mosteiro de Alcobaça e Sé de Évora
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Mosteiro de Alcobaça (finais do séc. XII)

 http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Alcoba%C3%A7a.mosteiro.view.castello.jpg                                


- 1º Edifício Gótico em Portugal, pertencente ao Gótico Vertical;
Mandada realizar pela ordem de Cister, apostada na verticalidade e num edifício com qualidade;
- Gótico muito decorado e sóbrio;
- Arquitectura de grande qualidade, a verticalidade é sugerida de um modo puro, sem truques;
- Fachada alterada no séc. XVIII;
- Grande rosácea (simples, mas com grande escala, permite entrar muita luz);
- Torres alteradas;
- Alguns elementos barrocos;
- Contudo, o perfil da Igreja manteve-se inalterado;
- Edifício muito alto, monumental;
- Altura do portal ultrapassa dois pisos normais (portal simples, sem decoração, mas monumental, vive da escala);
- O convento é muito vasto;
- Igreja e claustro;
- Antigo refeitório:  típico de um edifício experimental, visível na dimensão dos contrafortes;
- Paredes muito esventradas, com muitos vãos devido à abobada gótica no interior. Só foi possível paredes assim porque tem contrafortes fortíssimos (de origem Românica), de grande dimensão:
- Grande preocupação e falta de confiança nos novos sistemas construtivos: ainda não havia certeza em algumas novas técnicas. Nova arquitectura, novos métodos, dai o exagero dos contrafortes.
- Fachada de um dos topos do transepto dividido em duas partes, no sentido transversal, embora não seja ao meio, como duas naves;
- De um lado tem aberturas românicas e do outro tem aberturas góticas: talvez se deva ao facto de ter demorado 50 anos a ser construído, passaram diversas pessoas pela sua construção;
- Capela-mor - cabeceira:
Contraforte gótico: semelhantes aos românicos mas mais estreitos, menos pesados, denominados butareus,
    depois deste butareu (é só uma diminuição do Românico) surgiu o arcobotante (mais delgado, com arco), que é colocado nos pontos de maior carga, contrariando o sentido de desmoronamento lateral:
- Zona mais evoluída: cobertura, vãos, janelas esguias e muito abertas (permite boa entrada de luz);
- Edifício fortificado com merlões e ameias na cobertura;
- Singularidade nesta arquitectura cisterciense, uma vez que está feito em Portugal e seguiu a tendência do que se fazia na época;
- Claustro inferior, do séc. XII e o superior do séc. XIV;
- A diferença de altura entre as naves laterais e a central é pouco significativa;
- Pormenor “pouco gótico”, a nave central deve ser muito mais alta do que as laterais, de modo a acentuar a verticalidade;
- Envolve problemas técnicos de modo a segurar a nave central, por vezes faziam-se duplos arcobotantes para segurar a nave;
- Neste edifício optou-se por subir as naves laterais em relação à central, o que é raro no Gótico;
- Apesar disto não se perde a verticalidade, a nave central é muito alta e as naves laterais como também são estreitas e altas conferem uma grande verticalidade;
- Interior:
- Grande em altura, comprimento e largura;
- Uso de abobada gótica, entre cada tramo existe um cruzamento de arcos;
- Mísula: elementos salientes dos pilares que estão colocados junto ao solo, de modo a receber as cargas de peso;
- O facto de se localizarem mais a cima serve para enfatizar a verticalidade;
- Pilares enormes e fortíssimos;
- Arquitectura muito limpa, com formas quase secas;
- Arquitectura constituída apenas por elementos arquitectónicos essenciais: paredes e coberturas;
- Luz límpida e suave, sem vitrais;
- Nave lateral:
- Quase à altura da nave central, sendo raro haver na Europa naves laterais tão altas;
- Grande verticalidade devido ao facto de ser muito estreita
- Arcos cruzados entre cada arco conferido pelos pilares. Conferem mais pontos de descarga;
- A parede, a certa altura deixa de servir de estrutura;
- Forma simples e austera de acordo com a decoração dos elementos;
- Pequenos elementos decorativos (capitéis) no topo dos pilares;
- Funcionam de contrafortes à nave central;
- Arquitectura com carácter, dignidade e apelativa aos céus;
- Não se trata de um edifício para multidões, abria ao publico apenas em alguns dias especiais, era frequentado apenas pelos monges;
- Acústica muito acentuada, fabulosa;
- Capela-mor:
- Muito alta, quase da altura da nave central;
- Abobada muito dividida e com muitos arcos, permite muitas aberturas;
- Arcos muito finos, altos e estreitos conferem grande elegância;
- Luz de grande simplicidade, muito homogénea, devido à abóbada ser muito nivelada;
- É fortificada, o que é raro na Arquitectura Cisterciense (nos outros países não usavam fortificações); 
- Todos os elementos são de grande qualidade e simples, verdadeiros: nada é supérfluo;
- A igreja de Alcobaça estava fechada ao público, funcionando apenas para os monges. Só abria em dias importantes. A sua escala não era para multidões, vinha do conceito dos Cistercienses.
Sé de Évora (séc. XII a XIII)   


Segundo edifício do gótico vertical em Portugal;
- Tradição e inspiração francesa;
- Lembra a sé de Lisboa, com duas torres, apesar desta ser um edifício românico. Essa semelhança evidencia-se na composição da fachada;
- Edifício de transição, evidente nas torres, que são diferentes (uma românica e outra gótica com aberturas);
- Deve-se ao facto de terem havido diferentes trabalhados e diversos métodos;
- Características do “Bom Gótico”;
- Pórtico decorado com figuras embebidas nos pilares;
- Aposta na verticalidade, nos capitéis dos pilares, através destes elementos;
- Edifício alto, mas não muito alto (semelhante à altura da Sé de Lisboa);
- No interior a ideia de verticalidade é conferida pela relação largura/altura;
- Edifício de dois andares (os edifícios internacionais, teriam até quatro andares). O 2º andar tem uma galeria semelhante à galeria da Sé de Lisboa;
- Edifício extremamente iluminado;
- Abóbada gótica;
- Na zona do cruzeiro (onde dá-se o cruzamento da nave central com o transepto) foi construída uma grande lanterna (cúpula), conferindo um sentido de verticalidade;
- É semelhante às que se faziam em França, com inúmeras aberturas, que criam um jogo de luz, e elementos verticais;
- Luz divina: vem do alto;
- Zona simbólica, de transição do espaço do povo para espaço divino;
- Utilização do vitral: muda o sentido da luz, mais dinâmica;
- Grande postura vertical, vê-se o mosteiro a muitos quilómetros de distância;
- Aberturas do claustro maiores do que em Alcobaça (Gótico mais evoluído);
- No interior do claustro, nota-se a verticalidade e a presença de muitas janelas;
- Dois arcos cruzam-se dentro do tramo de maior capacidade de descarga.
- Nota: A Sé é uma igreja episcopal, não de convento, mas também têm claustro porque o bispo tem um tipo de colégio de padres que o acompanham.











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