22-Novembro-2012
Sumário: Mosteiro de Alcobaça e Sé de Évora
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•Mosteiro de Alcobaça (finais do séc. XII)
- 1º Edifício Gótico em Portugal, pertencente ao Gótico Vertical;
- Mandada realizar pela ordem de Cister, apostada na verticalidade e num edifício com qualidade;
- Gótico muito decorado e sóbrio;
- Arquitectura de grande qualidade, a verticalidade é sugerida de um modo puro, sem truques;
- Fachada alterada no séc. XVIII;
- Mandada realizar pela ordem de Cister, apostada na verticalidade e num edifício com qualidade;
- Gótico muito decorado e sóbrio;
- Arquitectura de grande qualidade, a verticalidade é sugerida de um modo puro, sem truques;
- Fachada alterada no séc. XVIII;
- Grande rosácea (simples, mas com grande escala, permite entrar
muita luz);
- Torres alteradas;
- Alguns elementos barrocos;
- Contudo, o perfil da Igreja manteve-se inalterado;
- Edifício muito alto,
monumental;
- Altura do portal ultrapassa dois pisos normais (portal simples,
sem decoração, mas monumental, vive da escala);
- O convento é muito
vasto;
- Igreja e claustro;
- Antigo refeitório: típico de um edifício experimental, visível
na dimensão dos contrafortes;
- Paredes muito esventradas, com muitos vãos devido à abobada gótica no interior. Só foi possível paredes assim porque tem contrafortes fortíssimos (de origem Românica), de grande dimensão:
- Grande preocupação e falta de confiança nos novos sistemas construtivos: ainda não havia certeza em algumas novas técnicas. Nova arquitectura, novos métodos, dai o exagero dos contrafortes.
- Fachada de um dos topos do transepto dividido em duas partes, no sentido transversal, embora não seja ao meio, como duas naves;
- De um lado tem aberturas românicas e do outro tem aberturas góticas: talvez se deva ao facto de ter demorado 50 anos a ser construído, passaram diversas pessoas pela sua construção;
- Capela-mor - cabeceira:
- Contraforte gótico: semelhantes aos românicos mas mais estreitos, menos pesados, denominados butareus,
- Paredes muito esventradas, com muitos vãos devido à abobada gótica no interior. Só foi possível paredes assim porque tem contrafortes fortíssimos (de origem Românica), de grande dimensão:
- Grande preocupação e falta de confiança nos novos sistemas construtivos: ainda não havia certeza em algumas novas técnicas. Nova arquitectura, novos métodos, dai o exagero dos contrafortes.
- Fachada de um dos topos do transepto dividido em duas partes, no sentido transversal, embora não seja ao meio, como duas naves;
- De um lado tem aberturas românicas e do outro tem aberturas góticas: talvez se deva ao facto de ter demorado 50 anos a ser construído, passaram diversas pessoas pela sua construção;
- Capela-mor - cabeceira:
- Contraforte gótico: semelhantes aos românicos mas mais estreitos, menos pesados, denominados butareus,
depois
deste butareu (é só uma diminuição do Românico) surgiu o arcobotante (mais
delgado, com arco), que é colocado nos pontos de maior carga, contrariando o
sentido de desmoronamento lateral:
- Zona
mais evoluída: cobertura, vãos, janelas esguias e muito abertas (permite boa
entrada de luz);
- Edifício fortificado com merlões e ameias
na cobertura;
- Singularidade
nesta arquitectura cisterciense, uma vez que está feito em Portugal e seguiu a
tendência do que se fazia na época;
- Claustro inferior, do
séc. XII e o superior do séc. XIV;
- A diferença de altura entre as naves
laterais e a central é pouco significativa;
- Pormenor “pouco gótico”,
a nave central deve ser muito mais alta do que as laterais, de modo a acentuar
a verticalidade;
- Envolve problemas
técnicos de modo a segurar a nave central, por vezes faziam-se duplos
arcobotantes para segurar a nave;
- Neste edifício optou-se por subir as naves
laterais em relação à central, o que é raro no Gótico;
- Apesar disto não se
perde a verticalidade, a nave central é muito alta e as naves laterais como
também são estreitas e altas conferem uma grande verticalidade;
- Interior:
- Grande em altura,
comprimento e largura;
- Uso de abobada gótica,
entre cada tramo existe um cruzamento de arcos;
- Mísula: elementos
salientes dos pilares que estão colocados junto ao solo, de modo a receber as
cargas de peso;
- O facto de se
localizarem mais a cima serve para enfatizar a verticalidade;
- Pilares enormes e
fortíssimos;
- Arquitectura muito
limpa, com formas quase secas;
- Arquitectura
constituída apenas por elementos arquitectónicos essenciais: paredes e
coberturas;
- Luz
límpida e suave, sem vitrais;
- Nave lateral:
- Quase à altura da nave
central, sendo raro haver na Europa naves laterais tão altas;
- Grande verticalidade
devido ao facto de ser muito estreita
- Arcos cruzados entre
cada arco conferido pelos pilares. Conferem mais pontos de descarga;
- A parede, a certa altura
deixa de servir de estrutura;
- Forma simples e austera
de acordo com a decoração dos elementos;
- Pequenos elementos
decorativos (capitéis) no topo dos pilares;
- Funcionam de
contrafortes à nave central;
- Arquitectura com
carácter, dignidade e apelativa aos céus;
- Não se trata de um edifício para multidões,
abria ao publico apenas em alguns dias especiais, era frequentado apenas pelos
monges;
- Acústica muito acentuada, fabulosa;
- Capela-mor:
- Muito alta, quase da
altura da nave central;
- Abobada muito dividida e
com muitos arcos, permite muitas aberturas;
- Arcos muito finos, altos
e estreitos conferem grande elegância;
- Luz de grande
simplicidade, muito homogénea, devido à abóbada ser muito nivelada;
- É fortificada, o que é
raro na Arquitectura Cisterciense (nos outros países não usavam fortificações);
- Todos os elementos são
de grande qualidade e simples, verdadeiros: nada é supérfluo;
- A igreja de Alcobaça estava fechada ao
público, funcionando apenas para os monges. Só abria em dias importantes. A sua
escala não era para multidões, vinha do conceito dos Cistercienses.
- Segundo edifício do
gótico vertical em Portugal;
- Tradição e inspiração francesa;
- Lembra a sé de Lisboa, com duas torres,
apesar desta ser um edifício românico. Essa semelhança evidencia-se na
composição da fachada;
- Edifício de transição, evidente nas
torres, que são diferentes (uma românica e outra gótica com aberturas);
- Deve-se ao facto de
terem havido diferentes trabalhados e diversos métodos;
- Características do “Bom Gótico”;
- Pórtico decorado com
figuras embebidas nos pilares;
- Aposta na verticalidade,
nos capitéis dos pilares, através destes elementos;
- Edifício alto, mas não
muito alto (semelhante à altura da Sé de Lisboa);
- No interior a ideia de verticalidade é
conferida pela relação largura/altura;
- Edifício de dois andares (os edifícios
internacionais, teriam até quatro andares). O 2º andar tem uma galeria
semelhante à galeria da Sé de Lisboa;
- Edifício extremamente iluminado;
- Abóbada gótica;
- Na zona do cruzeiro
(onde dá-se o cruzamento da nave central com o transepto) foi construída uma
grande lanterna (cúpula), conferindo um sentido de verticalidade;
- É semelhante às que se
faziam em França, com inúmeras aberturas, que criam um jogo de luz, e elementos
verticais;
- Luz divina: vem do alto;
- Zona simbólica, de
transição do espaço do povo para espaço divino;
- Utilização do vitral:
muda o sentido da luz, mais dinâmica;
- Grande postura vertical, vê-se o mosteiro a
muitos quilómetros de distância;
- Aberturas do claustro maiores do que em
Alcobaça (Gótico mais evoluído);
- No
interior do claustro, nota-se a verticalidade e a presença de muitas janelas;
- Dois arcos cruzam-se dentro do tramo de
maior capacidade de descarga.
- Nota: A Sé é uma igreja episcopal, não de
convento, mas também têm claustro porque o bispo tem um tipo de colégio de
padres que o acompanham.
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