sábado, 23 de fevereiro de 2013

O Património Arquitectónico de Azeitão (trabalho)

O Património Arquitectónico de Azeitão          - os principais edifícios


Azeitão é uma localidade histórica rica em edifícios relevantes no panorama arquitectónico, as ligações urbanas que estabelecem entre si, originaram os vários aglomerados urbanos e construíram as relações sociais, religiosas, económicas e culturais, que fundamentam o sentido de pertença à terra. 

Os lugares com história em que vários tempos arquitectónicos se cruzam têm revelado que são territórios bem amados pelos seus habitantes. 

A proposta de trabalho:

- Dos vários edifícios com valor patrimonial em Azeitão, salientam-se os seguintes:

- Igreja de São Lourenço

- Igreja de São Simão

- Palácio dos Duques de Aveiro

- Quinta da Bacalhoa

- Quinta das Torres

Propõem-se o seguinte exercício: 

Levantamento histórico – Deve conter informações da sua construção (data, quem mandou construir, etc), imagens. 

Levantamento arquitectónico – Enquadrar o edifício no respectivo período arquitectónico, deve conter desenhos dos elementos mais importantes. 

Levantamento fotográfico – elaborar uma cronologia fotográfica do edifício caso existam imagens antigas e desenhos antigos (se possível). 

Levantamento popular – perceber se existe alguma história popular em torno do edifício. 

O objectivo do trabalho seria no fim ter uma compilação de todos os edifícios e elaborar uma brochura. 

O trabalho deverá estar concluído até ao final de Abril.

Neoclássico como base da concepção arquitectónica do Renascimento versus Maneirismo.


21-Fevereiro-2013
Sumário: Características do Neoclássico como base da
concepção arquitectónica do Renascimento.
O Maneirismo.
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Caracteristicas fundamentais do Neoclássico - as bases
da concepção arquitectónica do Renascimento

O Renascimento era uma arquitectura de elites, e os
arquitectos renascentistas queriam ser conotados como
seguidores na integra de Vitrúvio. 
A regra é a base da arquitectura, foi neste período que se
inventou a lei da perspectiva no século XV.
Deste modo, a perspectiva tem ser enfatizada nos edifícios
recorrendo ao aceleramento desta, com artifícios
arquitectónicos, como a manipulação dos pés direitos dos
pisos que ia descrescendo consoante aumentava a altura.
Era fundamental que o arquitecto dominasse as regras
vitruvianas, como a simetria que deveria tala como a
perspectiva ser evidenciada.
Consequentemente, concebeu-se uma arquitectura sóbria,
de linhas geométricas muito regulares e simples.
Destaca-se que, a esfera e a circunferência eram
consideradas as formas geométricas mais perfeitas. E os
desenhos tinha necessariamente de ser centralizado. 
Os arquitectos portugueses vão ter uma postura evolutiva ao
longo do Renascimento dominando estas questões, e
criando grandes expectativas em relação aos edifícios.
Os grandes edifícios deste período são as casas de fresco.
Quinta da Bacalhoa








Maneirismo
O Maneirismo é um movimento que reinterpretava as
concepções neoclássicas. Assim, os arquitectos maneiristas
modificaram as regras que o neoclássico aplicava nos
edifícios, trocando as ordens nos andares.
Os arquitectos maneiristas utilizavam as ordens masculinas
em edifícios dedicados a uma identidade feminina,
utilizavam o sistema trilíptico.
É uma arquitectura totalmente ambígua, de tal ordem que
não é perceptível qual o frontão utilizado para finalizar o
edifício.
Para o edifício ser maneirista o arquitecto tem que ter
consciência da troca das ordens, não pode ser um erro
inconsciente. Quando essa troca era inconsciente por parte
do arquitecto trata-se de uma variante do maneirismo
denominada pseudomaneirismo. 

Igreja de São Vicente de Fora
 









terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Neoclássico e a Arquitectura Portuguesa

14-Fevereiro-2013

Sumário: Neoclássico e a Arquitectura Portuguesa
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O período Neoclássico na arquitectura surge com a descoberta da arquitectura clássica na Europa, mais precisamente em Itália, devido aos vestígios arqueológicos encontrados.

A par dos vestígios arqueológicos descobriu-se também o texto de Vitrúvio, fundamental no entendimento de uma nova concepção arquitectónica. 
A arquitectura clássica trouxe o conhecimento de noções matemáticas de proporção e geometria, defendia que o arquitecto tem que ter noção exacta das proporções do corpo humano.




No caso português esta influência surge mais tarde, após a morte de D. Manuel. O perfil deste governante não permitiu a entrada da cultura clássica em Portugal, vivia-se intensamente o período Manuelino na arquitectura portuguesa, um estilo com uma essência de forte nacionalismo e exaltação.
Deste modo, D.Manuel não conseguiu romper com as concepções medievais.
O seu sucessor D. João III tinha uma personalidade
progressista, ao deparar-se com o atraso que Portugal tinha em relação à Europa, e entendendo que o país que alargou o mundo não poderia estar atrasado, investiu numa politica cultural, e mandou portugueses para o estrangeiro aprender nos grandes centros culturais.
Deste iniciativa salienta-se Francisco de Hollanda que
no regresso a Portugal publica vários livros de sobre a cultura artística dos antigos.
Deste modo, o Manuelino desaparece completamente, e começa a aparecer uma arquitectura de influência clássica.
A tratadística vitruviana da arquitectura é fundamental na introdução da arquitectura clássica em Portugal, bem como
a existência de artistas estrangeiros em Portugal.
Inicialmente, o Neoclássico surge pontualmente nos edifícios, como nos exemplos abordados abaixo. 

Exemplos desta primeira fase clássica em Portugal:

Galilé da misericórdia de Beja


















Túmulo da igreja de Trofa


















http://www.panoramio.com/photo/75680375

Igreja da Mitra em Évora


























sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Manuelino - Arquitectura Civil

7-Fevereiro-2013

Sumário: Manuelino - Arquitectura Civil
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Habitação Nobre
Num periodo de apogeu económico, o Rei D. Manuel intervém nos Paços reais, introduzindo o seu estilo muito próprio e manda construir Paços de raiz.

Paço real em Alvito (perto de Beja)


Trata-se de um edifício com uma estrutura de grandes dimensões, pois tem quatro torres cilíndricas ligadas entre si através de 4 corpos horizontais.
Existe em todo o edifício uma forte presença da Arquitectura árabe. Exemplo disso é o pátio que apesar de sugerir um claustro é claramente um pátio de morfologia árabe. Este pátio estabelece uma relação com o edifício semelhante à relação entre o edifício e a rua.

Paço de Sintra



O Paço de Sintra é constituído por vários volumes construídos ao longo de sucessivas épocas, é um dos edifícios portugueses de arquitectura realenga mais mediáticos e por isso classificado de Monumento Nacional.
A origem deste Paço remonta provavelmente para o paço dos walis mouros. 
A imagem do edifício actual resulta de duas etapas de remodelação: a primeira, no reinado de D. João I (séc. XV); a segunda, no reinado de D. Manuel I (séc. XVI).
Este edifício tem o maior conjunto de azulejos mudéjares de Portugal.
É um edifício notável devido às suas duas grandes chaminés. É um dos "ex-libris" de Sintra.

Paço de Évora



Edifício construído antes do reinado de D. Manuel e posteriormente modificado por este.
Existe uma forte influência árabe, através dos arcos árabes em tijolo, por outro lado estão presentes as cordas da gramática manuelina.
Este Paço era um dos edifícios mais importantes do reino, tendo como principais elementos o claustro do renascimento, a Sala da Rainha, o refeitório e a biblioteca régia.
Actualmente, a Galeria das Damas é o restou do edifício como exemplo do estilo manuelino, apesar dos traços renascentistas. 
O edifício é composto por um piso térreo, de planta rectangular, onde subsiste a Galeria, um pavilhão fechado e o alpendre. Relativamente ao piso superior, existem dois salões e um vestíbulo de estilo mourisco. No exterior existe o torreão, este é constituído por dois andares e termina num pináculo hexagonal com uma porta manuelina.


Torre de Belém 


O nome original do edifício é Torre de São Vicente e foi edificada entre 1515 e 1519, no reinado de Dom Manuel tendo como objetivo a defesa do rio Tejo e da cidade de Lisboa, situada a meio do rio, rodeada de água, uma vez que o rio se prolongava até aos Jerónimos.
A Torre é constituída pelo Baluarte e a Torre.
Sendo que o Baluarte tem a forma hexagonal e o interior é constituído por um pátio com aberturas para as peças de artilharia e caves que foram utilizadas como espaços de prisões.
O terraço é rodeado de ameias e seis guaritas. Salientando o aspecto defensivo. 
A Torre possui quatro andares: no primeiro situa-se a Sala do Governador, no segundo andar, na Sala dos Reis com uma varanda virada para o rio; no terceiro piso fica a Sala de reuniões, no último andar encontramos uma capela, e por fim, o Terraço com ameias e quatro guaritas. Todo o monumento está decorado ao estilo Manuelino.
Este edifício é uma síntese da arquitectura do Manuelino, simbólica e aposta no exotismo. É o verdadeiro símbolo dos descobrimentos.
É um edifício de grande qualidade feito pelos arquitectos portugueses Francisco e Miguel De Arruda.