23 - Maio -2013
Sumário: Belém - O protagonismo urbano na cidade de Lisboa (continuação).
Museu da Electricidade, Museu dos Coches e Centro de Investigação Champalimaud.
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Museu da Electricidade
O Museu da Electricidade localiza-se em Belém e está classificado como imóvel de interesse público, está inserido no edifício da Central Tejo. O Museu abriu em 1990 e em 2000 sucederam-se as reabilitações, até ao ano de 2006 em que reabre com grande notoriedade e afluência. O Museu pertence à Fundação EDP.
Historicamente a Central Tejo é a antiga Termoeléctrica lisboeta, respondendo aos alicerces da arquitectura industrial, estruturando-se na arquitectura ocidental do ferro, pois materialmente o edifício encontra-se revestido com tijolo e uma mistura surpreendente de estilos desde a Arte Nova ao Classicismo.
A Praça do Carvão protagoniza o lugar de chegada, nessa praça é notória toda a instrumentalização das caldeiras de alta pressão, a entrada do edifício dá-se a partir da Sala de Exposições, tratava-se de um antigo espaço referente às caldeiras de baixa pressão, hoje é o espaço dedicado às exposições temporárias, seguidamente surge a Sala das Caldeiras, a Sala dos Cinzeiros, a Sala do Experimentar tripartida em três espaços, dedicados às fontes de energia, aos cientistas da produção electrica e à aprendizagem, surge a Sala da Água, a Sala das Máquinas, a Sala dos Condensadores, no piso superior a Sala dos Geradores e ainda noutro piso acima a Sala de Comando que actualmente é uma área dedicada à experimentação e à história da produção electrica. O Museu tem um Centro de Documentação relacionado com o estudo especializado da produção eléctrica.
Central Tejo – Museu da electricidade (www.cm-lisboa.pt)
Novo Museu dos Coches
O Museu dos Coches foi desenhado por Paulo Mendes da Rocha, previa-se que estivesse terminado para as comemorações do centenário da República, mas no entanto em 2011 ainda estava a ser edificado, este edifício faz parte da requalificação e reabilitação da frente ribeirinha de Lisboa incorporado no programa Belém Redescoberta. O edifício contará com pé direito de 10 metros, num espaço branco com 130 metros. A cota de soleira vai se apresentar livre, o objecto está suspenso de forma a não obstruir a visualização e o desfrute do lugar, apesar de ser uma construção enorme, em resposta vai ser construído a 4,5 metros do chão. O objectivo do edifício é a exposição e a conservação dos coches, e era necessário integrar o edifício num meio urbano consolidado com bairros antigos, jardins, monumentos e o interveniente principal, o rio.
Relativamente à estrutura do edifício esta será metálica, assente sob quatro colunas, que irá corresponder apenas ao espaço expositivo, para as outras instalações de apoio, será construído outro edifício de apoio, e desenvolver-se-á com uma vista privilegiada sob os Jardins do Império.
http://ruadosnavegantes.blogspot.pt/2011/03/o-novo-museu-dos-coches.html
Centro de Investigação Champalimaud
O Centro de Investigação Champalimaud é de grande notoriedade para Lisboa, estrutura o objectivo da Fundação Champalimaud na criação de um pólo de investigação cientifica nas áreas oncológicas e neurociências, capacitado das mais variadas tecnologias pioneiras do mundo. A implantação do Centro Champalimaud tem uma área de 60 mil metros quadrados na frente ribeirinha no lugar de Pedrouços, nas imediações da Torre de Belém e na foz do Tejo encontra-se num lugar de grande simbologia nacional relacionada com os descobrimentos à procura do desconhecido. Pela singularidade desses acontecimentos o edifício congratula uma actividade a nível mundial, tal como o feito histórico dos portugueses há séculos atrás, o edifício torna-se um marco desses acontecimentos, com os olhos postos da comunidade internacional.
O projecto é obra do arquitecto Charles Correa, que a nível conceptual usa a analogia dos descobrimentos marítimos com as descobertas cientificas.
O edifício tem dois volumes fomentando a livre circulação, o Edifício A é provido de áreas de diagnóstico e de tratamento, nos pisos inferiores, bem como áreas destinadas a laboratórios e aos administrativos em pisos superiores. O Edifício B tem como funcionalidades, serviços de restauração, auditório e espaços de exibições, ainda tem um passadiço em vidro que faz a ligação com o Edifício A. No exterior além dos espaços ajardinados possui um anfiteatro, e a disposição dos volumes encontra-se delineada por um eixo com utilidade pedonal com 125 metros, que descreve uma diagonal no terreno culminando no mar, simbolicamente desenhado. O bloco central do complexo edificado encontra-se no Edifício A, como já foi referido localizam-se ai os mecanismos de diagnóstico e tratamento bem como equipamentos laboratoriais. A entrada no edifício processa-se através de um espaço com duplo pé direito que se direcciona para um jardim tropical coberto estabelecendo a ponte entre edifício e natureza, numa analogia simbólica. Neste piso é possível encontrar as áreas afectas a exames médicos e outras áreas de apoio clinico, tal como uma área destinada a “infantário” para a utilização dos utentes enquanto utilizam os serviços do centro. O ponto fulcral do edifício é o jardim tropical coberto por uma pérgola que é a peça chave do edifício, situado abaixo da cota do piso térreo, a uma cota inferior de 4,5 metros. No primeiro piso encontram-se os laboratórios afectos à investigação, na envolvência do jardim tropical, os laboratórios de apoio têm uma vista privilegiada para a área da marina e para o mar, tal como os gabinetes dos investigadores. O edifício também tem uma biblioteca distribuída por dois pisos com uma disposição programática que relaciona as duas alas, lugar propicio à sociabilização. O último piso laboratorial tem ligações para o piso inferior fazendo a articulação entre os dois pisos, promovendo uma maior interacção entre utilizadores. A Norte do Edifício A situam-se os serviços administrativos que interagem com o Edifício B onde se localizam outros serviços através de uma ponte em vidro. No Edifício B encontram-se as áreas referentes a exibições que comunicam os objectivos da Fundação, localizam-se também um grande Auditório e restauração, no piso superior encontram-se os escritórios contemplados com terraços.
Os espaços exteriores permitem a realização de espectáculos de frente para o rio, acessível aos visitantes, incorporando um jardim tropical importantíssimo no paisagismo do edifício.
O complexo é denominado como “A Janela da Esperança” pelo arquitecto do Centro, devido a tratar-se do primeiro hospital mundial com tais características, que até fomenta uma grande interactividade entre doentes e investigadores.
O Centro de Investigação para o Desconhecido é a nomenclatura denominada internacionalmente, vai suscitar repercurssões relevantes para Lisboa, e melhor contudo o desenvolvimento da investigação cientifica em áreas tão particulares como o cancro e as neurociências.
Centro de Investigação Champalimaud (www.fchampalimaud.org)
Centro de Investigação Champalimaud (www.jornaldaregiao.blogspot.com)
Fontes:
http://www.fchampalimaud.org/home/portuguese-summary/centro-de-investigacaeo-da-fundacaeo-champalimaud1/
http://www.edp.pt/pt/sustentabilidade/fundacoes/fundacaoedp/museudaelectricidade/Pages/MuseuElectricidade.aspx
http://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_da_electricidade
http://canais.sol.pt/paginainicial/cultura/interior.aspx?content_id=100924
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