terça-feira, 19 de março de 2013

Barroco

14 - Março -2013
Sumário: O Barroco
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O Barroco é a arte da festa, do luxo e do poder, não se pode
desenvolver num país em crise.
Neste período a Europa encontra-se em transição de
sistema político, surge o absolutismo, cujo poder
está centralizado na figura do Rei.
Em 1600, Portugal estava sobre o domínio espanhol e como
tal, a expansão do Barroco estava comprometida. Mas a par
disto, foram descobertas as minas de ouro e diamantes no
Brasil, Portugal sai assim da crise em que estava
mergulhado e transforma-se novamente num dos países
mais ricos da Europa. Neste ambiente o Barroco teve
hipótese de florescer, pois trata-se de uma arte cara
representativa do poder da Igreja e do absolutismo.
O objectivo maior do Barroco era persuadir as pessoas na
aceitação da igreja, através da emoção na contemplação
dos templos. 
O Barroco utiliza o dinamismo das formas arquitectónicas
para emocionar as pessoas, numa nova vivência espacial. 
Aos edifícios cuja arquitectura é estática, e de estilos
anteriores introduziram elementos decorativos, para dar
dinamismo. 
O Barroco utiliza novas arquitectónicas no contexto Europeu, não existe nenhum estilo anterior que influenciasse o Barroco, enquanto estilo opta pela destruição da geometria tradicional.
As formas barrocas são concebidas com extremo rigor e objectividade, mas não têm uma leitura imediata.
Quanto mais tradicional o edifício for, maior ênfase do decorativismo, utilizando truques assentes na luz e na cor.
Os arquitectos barrocos era inovadores e tradicionalistas, aplicavam excesso de movimento e muito dinamismo.
Em Portugal D.João V quis aproximar o país àquilo que se
fazia lá fora, e como tal trouxe os artistas italianos:
- Ludovice, Nazoni, Canevari e Juvara, para consolidarem o
Barroco como estilo em Portugal.
O Barroco encontra-se dividido em três grupos:
- Barroco decorativo, Barroco cénico e Barroco arquitectónico.


Barroco decorativo

O Barroco utiliza o esquema geométrico e planimétrico tradicionais, paredes rectas, plantas ortogonais, acrescentando elementos decorativos para alterar o espaço, transformando uma parede recta estática em dinâmica.
O Barroco decorativo teve nos edifícios construídos a oportunidade de proliferar. Como veículos, utilizou a talha dourada, o azulejo e a pintura, que se misturavam no edifício. Sendo que, a pintura destinava-se aos tectos e o azulejo às paredes.
O papel do azulejo neste estilo prendia-se com necessidade de aumentar o espaço, criando uma falsa arquitectura.

Igreja da misericórdia de Arraiolos


Barroco Cénico

O Barroco cénico cria cenários arquitectónicos no
exterior dos edifícios. Com a colocação de elementos
verticais para aumentar a monumentalidade do edifício.
A decoração exterior, acrescenta elementos arquitectónicos
na fachada, como andares falsos e torres sineiras.
Transformando a fachada num cenário teatral.

Sé Catedral de Portalegre











quinta-feira, 7 de março de 2013

As características da Arquitectura Chã

7-Março-2013
Sumário: As características da arquitectura chã
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As características da Arquitectura Chã

A influência clássica na arquitectura chã está assente na
geometria e proporção clássica e e na utilização de algumas formas clássicas, como o caso do frontão cuja reprodução nos edifícios é uma imagem de marca desta arquitectura.
Os edifícios pertencentes a este período tem presente na sua concepção a ortogonalidade como matriz, eliminando a circunferência das plantas, as paredes cruzam-se sempre em ângulo recto. Não há paredes curvas e a parede é sempre recta para manter a geometria. Além disso, a parede é plana, e todos os elementos arquitectónicos estão integrados na parede da fachada, não há paredes salientes e reentrantes.
É uma arquitectura de formas puras, em que o cubo e o paralelepípedo são os volumes predominantes. Formas estas, de aspecto estático. Além disso, é uma arquitectura
horizontal, de carácter maciço, compacto e sólido.
A forma pura eo funcionalismo da arquitectura chã não permite a utilização de decoração, reduzindo o edifício ao essencial, tirando tudo o que é supérfluo.
A arquitectura religiosa tem duas tipologias, a tipologia Jesuíta oriunda da contra-reforma, constituida por uma nave e sem transepto, e outra, a igreja salão da herança manuelina com três naves à mesma altura sem muros separadores. Sendo que, a última tipologia mencionada foi alterada pelos arquitectos deste período, centralizando a planta tornando-a mais compacta.

Exemplos: 

Sé de Leiria


Igreja de Alcaçovas

Igreja da Conceição em Vila Viçosa

Igreja de Santa Maria em Estremoz


Igreja de São Simão





sexta-feira, 1 de março de 2013

Arquitectura Chã - Contexto histórico


28-Fevereiro-2013
Sumário: Arquitectura Chã - Contexto histórico.
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A arquitectura chã é um estilo arquitectónico exclusivamente
português e de influência clássica , atravessando o período
compreendido entre 1550 e o final do século XVII.
Internacionalmente a arquitectura chã era classificada como
um mau renascimento quase barroco, com a chegada de
kubler isto subverteu-se, este chegou à conclusão, que a
arquitectura portuguesa era diferente de toda a arquitectura.
Kubler denominou-a de plain architecture, que significa que
é uma arquitectura sóbria, depurada e pobre. 
Neste período vivia-se a contra-reforma da igreja católica
com o Concílio de Trento que tem um papel determinante
em Portugal, pois foi dos primeiros países a aderir, porque
era um país extremamente católico, isto levou à constituição
de uma nova ordem católica, os Jesuítas.
Desde o século XVI ao século XVII a crise foi de tal maneira
profunda que Portugal perdeu a independência para a
Espanha, esta crise coincide com as datas da arquitectura
chã, bem como a problemática das cortes de aldeia, que fez
com que Portugal não estivesse culturalmente ligado a
Espanha, não existindo contribuição arquitectónica
espanhola. 
Desta forma, o país estava estagnado, e com as fronteiras
fechadas ao mundo. Verifica-se assim que a arquitectura
chã só existe de facto, devido à crise.
Como já foi mencionado uma nova ordem religiosa foi
constituída, e para se ser Jesuíta era necessário ter um
perfil guiado pela cultura, pela seriedade e honestidade.
Com estas exigências os jesuítas formam uma elite
intelectual, para que a imagem da igreja muda-se e fosse
irrepreensível.  
A ideia fundamental de arquitectura para os jesuítas, era
que esta deveria se adaptar a função de cada edifício. 
Neste período, a arquitectura começou a ganhar mais
notoriedade, criou-se a primeira escola de arquitectura em
Portugal pela mão de Terzi, onde funcionou dentro de uma
instituição intitulada, a Casa das Obras. 
Os aprendizes da aula da ribeira tinham de ter  uma ligação
familiar com a arquitectura. Após a aprendizagem
desempenham um dos cinco cargos mais importantes na
arquitectura: arquitecto real, arquitecto das ordens militares,
arquitecto das obras das casas do infantado, arquitecto das
casas das rainhas, arquitecto das obras do mosteiro da
Batalha. Sendo que, a arquitectura produzida nesta altura
era de uma índole tradicionalista com pouca evolução devido
à crise.